sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Desenhos Animados

Lembro-me de ser miúdo e de ver desenhos animados regularmente, especialmente ao sábado de manhã. Eram 8 da manhã e já estava acordado para ver TV até a hora de almoço. Hoje é diferente, quanto mais dormir melhor. Mas regressando aos desenhos animados, lembro de ver uma grande variedade deles, desde o Tom Sawyer, os Transformers, o Bocas ou ate mesmo o Dragon Ball, este ultimo mais tarde. Eram um espectáculo, eu adorava aquilo, para além de que foi assim que eu comecei a perceber o inglês, visto na altura não haver nada traduzido para português. Hoje em dia os desenhos animados (para crianças) são só violência ridícula, vozes falsas e também ridículas que transportam a criança para um mundo fantasioso extremamente pouco educativo. Quem não se lembra de ver a Rua Sésamo e de aprender algumas coisas com o programa? Pronto, o Popas era irritante, mas de resto era um espectáculo, para além de que tinha a Alexandra Lencastre, mesmo que naquela altura não ligasse-mos muito a isso. Pois bem, depois de terem proibido o Noddy e os Teletubbies na Inglaterra, por comportamentos xenófobos e homossexuais, respectivamente, eis que proibiram a Rua Sésamo porque o Egas pede o sabonete ao Becas no chuveiro. Ridículo. Vai lá agora um miúdo pensar alguma coisa de mal nisso. Que o Noddy e os Teletubbies tenham sido proibidos tudo bem, mas não assassinem a memória da grande Rua Sésamo.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Religião

O que leva uma pessoa a acreditar em Deus, ou em algo superior ao mísero mortal? Será medo de que se não obedecer às regras religiosas vá parar ao Inferno, ou será apenas devido a um factor social?
Talvez um pouco dos dois, socialmente é-nos incutida uma religião, uma crença que até mesmo inconscientemente se manifesta em certas atitudes, certos comportamentos.
Este factor social é-nos transmitido através do medo, "porta-te bem, ou vais para o Inferno". Falo claro do Cristianismo, religião predominante no nosso país.
Em relação às outras religiões, de certeza que muitas delas também terão a sua componente social assim como o medo como ferramenta, mas tenho a certeza que outras manifestam-se simplesmente por uma razão cultural.
Mas voltemos ao nosso país. Hoje em dia a religião está em "desuso" por assim dizer, grande parte dos jovens já não estão tão susceptíveis às regras religiosas, já não acreditam que haverá consequências na "outra vida" das suas acções aqui na Terra.
A própria globalização e desenvolvimento tecnológico e informativo são factores preponderantes nesse esquecimento de crenças.
Estranho por isso ver um(a) jovem saudável de aparência normal a converter-se de tal modo à religião que descarte para o resto da vida os prazeres de ser humano. Doam a sua vida em prol da palavra de Deus.
Acredito que alguns até possam sentir-se melhor vivendo desta forma, mas acredito também que alguns tenham optado por este caminho para fugirem às cada vez mais exigentes obrigações sociais. É certo que não terão o divertimento que uma pessoa normal terá, mas as suas responsabilidades serão mínimas.
Acredito piamente que alguns terão visto o caminho de religião como uma forma de escape às pressões sociais.
No final de tudo isto é óbvio que com ou sem religião cada pessoa deverá tomar o rumo onde se sente melhor, mas nestes termos tens duas opções, ou "curtes" a vida, sais com os amigos, bebes uns copos, tens as tuas experiências sexuais, mentes, cobiças, comes que nem um "alarve" sem pensares nos necessitados, ou então dedicas-te a Deus e "talvez" vás para o Céu.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Nostalgia

Ainda me lembro de quando era miúdo, andava de bicicleta o dia todo, fazia as chamadas "carretas" para fazer corridas com os amigos, jogava a bola nos jardins onde os velhotes jogavam às cartas. Ia ao campo de bicicleta só para ir roubar umas romãs ou umas pêras à horta do "Tio Manel". Não havia os passatempos que há hoje, Internet, jogos de consolas e computadores, etc... Os computadores da altura eram fracos, não eram tão viciantes como hoje, e nem todos tinham um, o mesmo se passando com as consolas. É obvio que passávamos algum tempo a jogar mas não como os miúdos de hoje em dia. Está tudo muito mais virado para as novas tecnologias, leitores de mp3, i-pod's, máquinas digitais, telemóveis, ect...Naquela altura se quisesse ouvir música era na rádio ou em cassete, era raro o CD que aparecia, e mesmo se aparecesse e quiséssemos copiar, era para cassete. Não havia leitores de DVD, era por cassete de vídeo, que naquela altura era de qualidade excelente. Não tínhamos telemóvel ou MSN para comunicar, se quiséssemos ir sair a qualquer lado ou telefonávamos para casa do amigo arriscando-se a ele não estar lá, ou então saíamos de bicicleta para o ir procurar. Hoje em dia é só enviar uma mensagem para o telemóvel e esperar que esteja ligado. Aliás, hoje há muito pouco pessoal que bate à porta de casa do amigo....agora manda-se um "toque" para o telemóvel e ele vai a porta ou fala-se com ele primeiro por MSN. Os tempos mudam, é mesmo assim, mas um pouco de nostalgia, um pouco de saudade dos tempos passados não faz mal a ninguém.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Cinema

Como aficionado de cinema que sou, cada vez que vejo um filme não consigo deixar de criticar as opções técnicas ou as expressões dos actores, etc...
O cinema moderno já não tem a mística que alguns filmes antigos tinham, senão veja-se a nova triologia de Star Wars, completamente diferente da antiga triologia.
Os efeitos especiais, alguns actores com fraca expressão mas com boa figura, a pouca imaginação directiva, tornam o cinema de hoje mais comercial.
Veja-se o caso do Senhor dos Anéis, triologia de sucesso, vencedora de vários Oscar's. Não podia estar mais em desacordo em relação à maior parte dos Oscar's que a triologia ganhou.
O primeiro filme, para mim o melhor, tem algo de comercial mas até é um bom filme, mas o segundo e terceiro filmes não têm ponta por onde se lhe peguem...
Tudo bem, foram baseados nos livros, mas tenho a certeza que não relatam a história precisamente escrita neles.
No primeiro filme ainda vimos umas hortinhas, e uns lagos de água doce, mas no segundo deixam de existir, e no terceiro nem se fala...é só batalhas e conversas secantes.
Tenho uma questão...será que na parte 2 da história as personagens não comem, nem bebem? É que aquelas grandes cidades cheias de gente, não tinham as hortinhas, nem uma fonte de água por perto.
Será que mandavam vir comida e tinham água canalizada? E aquelas aldeias com 15 casas, de onde saiam 20.000 soldados a cavalo?
São estes pormenores logísticos que os realizadores e produtores já não ligam nenhuma...o que interessa são os efeitos especiais e os actores de cara bonita.
Sensacionalismo americano.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Política

É por vezes difícil de verificar, mas o sistema político em Portugal, nos dias que correm, é a democracia. O Primeiro-Ministro e o Presidente da Republica são eleitos para o cargo por meio de eleições a nível nacional. Isto é, todos nós votamos num dos candidatos, e ganha o que tiver mais votos. Até aqui tudo bem, o problema é quando eles tentam fazer o seu serviço... Supostamente eles deviam representar a maioria dos portugueses, tomando medidas concretas e viáveis em relação a inúmeros aspectos que afligem o país. Como se não fosse já complicado nós conseguirmos compreender algumas das suas decisões, ainda temos que ver na TV a Assembleia da Republica, local onde todos os ministros de vários partidos, e membros do governo se juntam periodicamente para discutir os problemas do país... Aí é que nós nos enganamos. Eles não vão lá para discutir os problemas dos portugueses, não que disparate, eles vão lá para se ofenderem uns aos outros, ou ofenderem os partidos uns dos outros. Daquilo que já reparei, todos sem excepção, por mais que tentem falar do país, mandam sempre uma "sapatada" ou duas noutro gajo qualquer doutro partido. E ai está a definição de Assembleia da Republica...uma grande taberna fina onde anda tudo a fazer figura de palhaço, só falta mesmo cuspirem no chão e andarem ao murro. Se é para isso, venham todos aqui à taberna do Tio Manel, podem não caber todos mas ao menos este é um sítio apropriado para aquilo que fazem, e sempre podem beber uma cervejinha e comer um tremoço…

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O "Jet-Set"

Hoje venho desabafar sobre um aspecto social muito comum em Portugal, o "Jet-Set". Para já não consigo entender o porque do nome..."Jet" e "Set"...continuo sem entender mas enfim. Mas vamos lá reflectir um pouco. Será que para pertencer ao dito "Jet-Set" é necessário ser famoso? Porque se for assim então está tudo mal. As pessoas ditas do "Jet-Set" português não são famosas, são simplesmente pessoas que aparecem muito nas revistas cor-de-rosa e nos programas de TV que criticam tudo e todos, especialmente o vestido daquela, ou os sapatos da outra. E por aparecerem muito nessas revistas e programas, pronto já são famosos, e há até quem diga que são um bem essencial para a nossa sociedade. Não podia estar mais em desacordo. Há pouco tempo faleceu uma pessoa desse tal "Jet-Set", claro que apareceu nas revistas o funeral da pessoa, cheio de outros "Jet-Sets". Para além do que acho ser uma violação de uma cerimónia que deveria ser privada, ainda houve quem viesse dizer que "o Jet-Set português fica mais pobre". Eu não conhecia a pessoa, não sei se era boa ou má pessoa, mas virem dizer que o "Jet-Set" português fica mais pobre, numa altura em que mais de metade da população do país está em dificuldades financeiras extremas, a educação está péssima, a saúde está degradada e há cada vez mais desemprego, parece-me um pouco desnecessário. E o que é mais irónico é que as pessoas que menos condições têm de vida, são aquelas que compram as revistas e consomem os programas do "Jet-Set", dando uma certa razão aos editores das revistas e aos produtores dos programas. O "Jet-Set" é desnecessário para o país, mas rende...enfim.

Blogosfera

Hoje em dia não há ninguém que não tenha um blog na internet. Carros, motos, cerveja, blogs acerca de uma pessoa famosa de um país qualquer, diários amorosos e até mesmo blogs acerca de...chapéus. Tudo serve de tema para desenfrear os dedos e escrever uns textos que muito poucas pessoas vão ler. A blogosfera tornou-se um mundo alternativo dentro da própria web, uma dimensão isolada repleta de desabafos, críticas ou simplesmente de histórias de inspiração momentânea. Apenas os amigos mais chegados vão ler o nosso blog, até porque só lhes dizemos a eles que o temos. As outras pessoas, como é óbvio, não irão ler, e mesmo que leiam não irão compreender, pois não nos conhecem e não sabem de que modo, ou que motivação nós tivemos para escrever aquele ou o outro texto. Claro que não será exclusivo dos nossos amigos de ler e perceber os nossos desabafos, mas será difícil. Para além de existirem um número absurdo de blogs, há uma probabilidade muito pequena, de outras pessoas que não os nossos amigos, lerem o nosso. A probabilidade de entenderem os nossos textos, os nossos gostos, os nossos desabafos, torna-se ainda mais pequena. Será então viável dizer que a blogosfera não é mais do que conjunto de diários "privados" a que todos têm acesso, mas poucos lêem?